Thursday, January 26, 2006
Caso Prático 26-1-2005 TGDC
Amigos, depois do teste administrativo, que espero que tenha corrido de feição, eis o caso prático de TGDC:
Hermengarda gostava muito de uma série cómica que passava no canal 5 nas noites de 5ª Feira. Nem sempre a podia ver, é certo, mas, quando não tinha muito trabalho, aproveitava a oportunidade, com todo o gosto. De tudo isto tinha conhecimento Eurico, amigo de Hermengarda.
Numa destas semanas, Hermengarda não pôde assistir ao episódio porque, à hora do programa, teve um encontro importante com uma cliente do escritório onde trabalha.
Nesse dia, foi Eurico quem assistiu ao episódio em causa. Como Hermengarda há muito tentava insistententemente comprar-lhe um certo relógio antigo, Eurico pensou que seria apropriado brincar com a amiga, repetindo-lhe uma das cenas desse episódio. Ela, com certeza, ficaria bastante divertida ao verificar que tinham gostos televisivos idênticos, e sempre era pretexto para fazer conversa.
Assim, calculando que Hermengarda teria acabado de assistir ao tal episódio, Eurico telefonou-lhe e, com voz grave, repetiu, quase ipsis verbis, o que uma personagem dissera: "Preciso desesperadamente de dinheiro. Vendo-te o meu relógio por 200 contos (1000 Euros), se vieres a minha casa e trouxeres um cheque". Hermengarda ficou surpreendida, mas a ideia agradou-lhe, de modo que respondeu com um sorriso: "Está combinado, vou já para aí". Desmarcou um outro encontro marcado para essa noite e, feliz por finalmente conseguir obter o tão desejado relógio, arrancou em direcção a casa do seu amigo.
Eurico ficou surpreendido, mas contente por Hermengarda o ir visitar.Claro que, quando ela chegou e se aperceberam do equívoco gerado, Hermengarda ficou de muito mau humor e foi até desagradável com Eurico, a quem disse que, no mínimo, ele teria de lhe pagar a gasolina gasta naquela viagem infrutífera.
1- A compra e venda é eficaz (latu sensu)? Caso não seja, Eurico tem de indemnizar Hermengarda?
2- Imagine agora que não havia qualquer serie televisiva, que não havia canal 5, que nem sequer havia televisão e que Eurico fizera o mesmo telefonema com o único intuito de rir à custa de Hermengarda? Quid Juris?
Hermengarda gostava muito de uma série cómica que passava no canal 5 nas noites de 5ª Feira. Nem sempre a podia ver, é certo, mas, quando não tinha muito trabalho, aproveitava a oportunidade, com todo o gosto. De tudo isto tinha conhecimento Eurico, amigo de Hermengarda.
Numa destas semanas, Hermengarda não pôde assistir ao episódio porque, à hora do programa, teve um encontro importante com uma cliente do escritório onde trabalha.
Nesse dia, foi Eurico quem assistiu ao episódio em causa. Como Hermengarda há muito tentava insistententemente comprar-lhe um certo relógio antigo, Eurico pensou que seria apropriado brincar com a amiga, repetindo-lhe uma das cenas desse episódio. Ela, com certeza, ficaria bastante divertida ao verificar que tinham gostos televisivos idênticos, e sempre era pretexto para fazer conversa.
Assim, calculando que Hermengarda teria acabado de assistir ao tal episódio, Eurico telefonou-lhe e, com voz grave, repetiu, quase ipsis verbis, o que uma personagem dissera: "Preciso desesperadamente de dinheiro. Vendo-te o meu relógio por 200 contos (1000 Euros), se vieres a minha casa e trouxeres um cheque". Hermengarda ficou surpreendida, mas a ideia agradou-lhe, de modo que respondeu com um sorriso: "Está combinado, vou já para aí". Desmarcou um outro encontro marcado para essa noite e, feliz por finalmente conseguir obter o tão desejado relógio, arrancou em direcção a casa do seu amigo.
Eurico ficou surpreendido, mas contente por Hermengarda o ir visitar.Claro que, quando ela chegou e se aperceberam do equívoco gerado, Hermengarda ficou de muito mau humor e foi até desagradável com Eurico, a quem disse que, no mínimo, ele teria de lhe pagar a gasolina gasta naquela viagem infrutífera.
1- A compra e venda é eficaz (latu sensu)? Caso não seja, Eurico tem de indemnizar Hermengarda?
2- Imagine agora que não havia qualquer serie televisiva, que não havia canal 5, que nem sequer havia televisão e que Eurico fizera o mesmo telefonema com o único intuito de rir à custa de Hermengarda? Quid Juris?